MACC Baião – Mosteiro de Ancede Centro Cultural
O Mosteiro de Santo André de Ancede está na posse da Câmara Municipal de Baião desde 1985, quando foi comprado à família do barão de Ancede, que o tinha adquirido em hasta pública em 1834, na sequência da extinção das ordens religiosas em Portugal. Entre a aquisição do complexo pelo barão e a compra da Câmara, o espaço teve várias usos: foi uma quinta, uma escola, um armazém e até uma serração.
Mosteiro de Ancede
No séc. XX, o destino do Mosteiro chegou a ter várias opções. Dado o seu estado de conservação cada vez mais deteriorado, ao longo dos últimos anos houve quem defendesse entregá-lo à iniciativa privada. A Câmara Municipal de Baião entendeu o contrário e em 2005 tomou a decisão de estudar e recuperar o Mosteiro.
Apesar de se desconhecer a data da sua fundação, sabe-se que em 1120 este Mosteiro pertencia já à Diocese do Porto, estando ligado aos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho. Em 1141, D. Afonso Henriques vende a Carta de Couto ao abade do Mosteiro por 150 morabitinos. Em 1560, é anexado ao Convento de São Domingos de Lisboa, por decisão do Papa Pio IV. No século XVIII constroem-se vários edifícios que ainda hoje notabilizam este conjunto arquitetónico: os Celeiros e a Adega, a Capela octogonal de Nosso Senhor do Bom Despacho e, provavelmente, o Fontanário.
O icónico mosteiro foi alvo, desde 2001, de cinco fases de intervenção destinadas a conservar, restaurar e reabilitar o espaço nas diversas valências, dotando-o, atualmente, de um claustro com capacidade para 300 pessoas, a que se junta um auditório com 80 lugares e espaços expositivos para além da área exterior.
A reabilitação do espaço tem assinatura de Siza Vieira que quis, no piso térreo, respeitar a ruína e manter a história, não usando cimento, apenas consolidando. Por lá, podemos ver exposições, janelas românicas, o Claustro ou um refeitório com talhas em cerâmica. No primeiro piso, todo recuperado, encontramos espaços expositivos e culturais. Um dos espaços alberga agora uma exposição permanente sobre a evolução de Baião, desde a pré-história, e uma coleção de Arte Sacra. Nos outros, encontramos exposições temporárias.
A rodeá-lo:13 hectares de quinta.
Diz a história que por volta de 1141 a produção vinícola e agrícola do Mosteiro, dada a fertilidade dos terrenos que lhe eram pertença, lhe conferiu grande poder económico. De Ancede partiam milhares de litros de vinho para a Flandres, na altura o principal porto mercantil do mundo. Os monges souberam tirar partido da sua posição estratégica junto ao Douro, da exploração dos recursos naturais, do manejamento de técnicas para criar um importante entreposto comercial e na administração das rendas que advinham das inúmeras propriedades.
Consciente dessa história, desde 2010 que a quinta que rodeia o Mosteiro produz vinho, legumes e fruta, por vontade e empenho da Câmara de Baião. A quinta dá origem, todos os anos, a 8.500 garrafas de “Lagar do Convento”, um vinho da casta Avesso, autóctone de Baião, assim como hortícolas e frutos que se vendem na Casa de Baião no Porto a preços de mercado, mas que também abastecem a cantina da Autarquia ou são entregues a Instituições Particulares de Solidariedade Social que ajudam famílias carenciadas com cabazes sociais.
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Conteúdo atualizado em 18 de Dezembro de 2024 às 10:29