Baião acolheu entre 25 e 27 de outubro o XVI Congresso Português de Psicodrama, subordinado ao tema “Liberdade, Encontro e Criação” e que contou com a presença de mais de 120 profissionais da área da saúde mental, vindos de diferentes partes do país.
O presidente da Câmara Municipal de Baião, Paulo Pereira, participou na sessão de abertura e referiu que é importante promover o encontro dos cidadãos num tempo em que as redes sociais e a comunicação virtual ganham maior importância. “Nestes tempos de grande fulgor das redes sociais, não há melhor rede que esta: a presencial. De estarmos, fisicamente, uns com os outros”. E continuou, referindo “a necessidade que nos interpela a todos para encontrarmos novos e melhores caminhos para problemas de sempre, mas também para novos problemas, num contexto desafiante de mudanças aceleradas em que vivemos. Promover um maior envolvimento dos cidadãos e das comunidades é um grande desafio para todos”, notou.
Terminou, referindo que a “promoção do diálogo e do encontro dos cidadãos têm sido sempre prioridades do executivo camarário” e que “a criatividade, o conhecimento, a ciência, a cultura, a arte, a educação, e a reflexão crítica e partilhada nos podem ajudar no sentido de uma cidadania mais livre e plena e, consequentemente, uma melhor sociedade”, observou.
Participaram nos trabalhos personalidades de referência de outras áreas de atividade, como sejam o arquitecto Eduardo Souto Moura, o jornalista Fernando Alves ou a escritora Pilar Del Rio.
O congresso teve organização conjunta da Sociedade Portuguesa de Psicodrama e do Município de Baião. Tanto o presidente da Sociedade Portuguesa de Psicodrama, José Luís Mesquita como o presidente da Comissão Organizadora do Congresso, José Manuel Teixeira de Sousa, mostraram-se satisfeitos com o modo positivo como o evento decorreu e louvaram a boa adesão do público baionense.
No decurso dos trabalhos foi também apresentado o livro “José Manuel Teixeira de Sousa – 40 anos, o Psicodrama como forma de vida”, que compila testemunhos do percurso profissional deste psiquiatra e psicodramatista baionense.
De referir que a sessão de encerramento do Congresso foi aberta ao público e realizou-se no Auditório Municipal de Baião. Ali decorreu a conferência de Pilar Del Rio e um sociodrama aberto ao público. Este sociodrama consistiu numa intervenção com a participação do público, conduzida pelo presidente da Sociedade Portuguesa de Psicodrama, em torno dos conceitos “encontro” “criação” e “liberdade”, sendo pontuado pelo cravo vermelho e por canções ligadas à revolução do 25 de abril de 1974.
Testemunhos
O presidente da Sociedade Portuguesa de Psicodrama, José Luís Mesquita, referiu que “foi com grande satisfação que celebramos o XVI Congresso Português de Psicodrama, realizado pela terceira vez em Baião, com o valioso apoio da Câmara Municipal, que este ano atuou como co-organizadora. Este congresso marcou um importante avanço no desenvolvimento científico e prático do Psicodrama e Sociodrama em Portugal e fortaleceu nossa parceria com Baião, formalizada por um protocolo de colaboração para futuras iniciativas conjuntas.
O evento destacou-se pela alta qualidade científica de comunicações e workshops, com contribuições valiosas de especialistas e dos nossos dedicados sócios. Estes momentos de troca e aprendizagem são essenciais para manter a vitalidade da Sociedade Portuguesa de Psicodrama, uma instituição cada vez mais preparada para enfrentar os desafios do século XXI, promovendo práticas inovadoras e de grande relevância para a sociedade”.
Por sua vez o presidente da Comissão Organizadora do XVI Congresso Português de Psicodrama, José Teixeira de Sousa, salientou que “o XVI Congresso Português de Psicodrama, realizado em Baião de 25 a 27 de outubro, foi um sucesso notável, com inscrições esgotadas. Tivemos duas sessões abertas ao público: a apresentação do livro José Teixeira de Sousa – 40 anos – O Psicodrama como forma de vida no dia 26 e a sessão de encerramento, no dia 27, com uma conferência de Pilar del Rio e um sociodrama dirigido por José Luís Mesquita, ambos explorando o tema “Liberdade, Criação e Encontro”. Em ambos os momentos, houve grande participação dos cidadãos de Baião. Congratulo-me com o êxito desta realização científica e agradeço à Câmara Municipal de Baião, que, pela primeira vez, foi co-organizadora de um congresso promovido pela Sociedade Portuguesa de Psicodrama”.