A Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa (CIM-TS) realizou uma missão empresarial a Macau entre os dias 15 e 20 de outubro, organizada pela Câmara de Comércio de Portugal-China (CCPC) e a Associação Empresarial de Portugal (AEP), contando com a participação de seis municípios que integram a entidade regional. Esta missão em que participaram o presidente da Câmara Municipal de Baião, Paulo Pereira, e o vereador dos Assuntos Económicos e da Internacionalização, José Lima, permitiu fomentar o interesse de empresários e potenciais investidores, estreitar laços entre regiões, conhecer boas-práticas e estabelecer contatos no sentido da captação de investimento para a região.
A comitiva, liderada pelo presidente do Conselho Intermunicipal da CIM-TS, Pedro Machado, foi recebida pelo Chefe do Executivo de Macau, Ho Iat Seng, na sede do Governo da Região Administrativa Especial de Macau da República Popular da China. Um encontro em que foram abordadas formas de posicionar Macau como plataforma estratégica para aprofundar a cooperação entre a China e Portugal.
O programa também incluiu encontros institucionais com o cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong, Alexandre Leitão, com os responsáveis da AICEP – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal e com a Universidade de Saint-Joseph.
Na cidade de Zhuhai, no sul da China, a delegação portuguesa visitou empresas ligadas à ciência e tecnologia na Zona de Alta Tecnologia de Zhuhai, o campus de Zhuhai da Universidade de Ciência e Tecnologia de Pequim e reuniu com o Zhuhai Science and Technology Innovation Bureau.
PARTICIPAÇÃO NA FEIRA INTERNACIONAL DE MACAU
A Região do Tâmega e Sousa marcou presença na 29.ª edição da Feira Internacional de Macau (MIF), onde se apresentou com stand próprio, mostrando potencialidades, como o vinho verde e outros produtos endógenos, pontuando algumas das referências de Baião, nomeadamente a classificação como “Destino Turístico Sustentável”, as paisagens e o património cultural. Este evento reunindo 66 mil visitantes e mais de 1.300 expositores de 18 países, constituiu-se como um dos pontos mais marcantes na promoção da Região nesta missão.
O edil de Baião, Paulo Pereira, explicou o enquadramento da missão, “no âmbito de um dos nossos compromissos, a Internacionalização – ações de promoção em pontos sinalizados com interesse, que possam contribuir para o desenvolvimento de Baião”. Sublinhou ainda o papel dos principais mentores da iniciativa, a AEP e a CCPC, entidades com ligações privilegiadas e, por isso, “capazes de nos ajudarem a criar pontes”.
COOPERAÇÃO NAS ÁREAS ACADÉMICA, CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA
O autarca colocou o enfoque em duas vertentes da visita. A vertente Institucional pelos contactos com o Governo de Macau, com o Cônsul de Macau e com representantes do Governo chinês e das cidades visitadas. Por outro lado, a vertente Empresarial centrada em Macau, mas também se estendeu à cidade de Zhuhai e a Hengqin, no sul da China, destacando-se, nesta vertente, a “disponibilidade mútua para o estreitamento de relações empresariais”, em benefício de ambas as partes.
Frisou ainda que os contatos estabelecidos permitiram a “abertura de portas para a cooperação e o reforço do relacionamento em diferentes domínios, nomeadamente com os meios Académico, Científico e Tecnológico”, esperando-se resultados positivos da missão a refletir-se no futuro, quer para Baião quer para a Região.
O vereador José Lima destacou “o elevado potencial de negócios do mercado chinês” e a “mais-valia dos produtos diferenciados que Baião tem para oferecer, um valor acrescentado que podemos apresentar com sucesso em qualquer parte do mundo”, garantiu. Nesta linha, referiu a importância de Macau como “ponte privilegiada para o fortalecimento do intercâmbio bilateral”, que poderá trazer benefícios significativos para o concelho e para o Tâmega e Sousa, revelando, “também lá encontrámos baionenses interessados e empenhados em dar o melhor por Baião”, concluiu.
No final da missão ficou a garantia de um reforço significativo das relações comerciais e institucionais entre o Tâmega e Sousa e a China, apontando ao crescimento económico e à internacionalização da região.