Realizou-se no dia 6 de julho, no Agrupamento de Escolas de Vale de Ovil, onde vai funcionar, a cerimónia de inauguração do Conservatório de Música de Baião. Um momento especial, há muito ansiado pelos baionenses, uma nova valência no campo das artes que passa a estar disponível para a comunidade, sendo também um incentivo à aprendizagem e à formação musical. Esta inauguração coincidiu com a celebração do 53. ° aniversário da Casa do Povo de Campelo, entidade promotora do Conservatório.
Nascido no seio da Casa do Povo de Campelo, que já tinha em funcionamento uma Escola de Música, onde muitos jovens se dedicavam à aprendizagem usando os instrumentos disponibilizados, o Conservatório de Música de Baião traduz a concretização de um sonho antigo da comunidade baionense.
Na cerimónia, Rosário Queirós, presidente da Casa do Povo de Campelo, após o descerramento da placa alusiva à inauguração do Conservatório, traçou o percurso histórico que conduziu à sua criação, apontando pessoas e momentos que foram fundamentais nessa caminhada, nomeadamente, em 2009, a criação da Orquestra da Casa do Povo de Campelo, com participação em diversos intercâmbios com outras instituições, usando instrumentos e temas musicais ensinados na Escola de Música. “A Casa do Povo chegou a ter cerca de 70 alunos nos vários instrumentos musicais”, revelou ainda, evidenciando a importância dos apoios, nomeadamente da Câmara Municipal de Baião.
O SONHO REALIZADO
“Desde 2009, ano em que tomei posse como presidente desta instituição, tentei oficializar o ensino da música no nosso concelho, passar de Escola de Música a Conservatório. Finalmente, hoje, vejo o sonho realizado, e acredito que trazer a música às paredes desta escola irá contribuir para a felicidade, o bem-estar e o desenvolvimento da nossa comunidade”, afirmou Rosário Queirós, agradecendo a todos o contributo para esta realização.
Também o diretor do Agrupamento de Escolas de Vale de Ovil, Nuno Mota, sublinhou o amplo “envolvimento no projeto que é uma mais-valia para os nossos alunos”, referindo ainda que se trata da “abertura da escola às artes como parte de um caminho que integra um verdadeiro projeto de escola aberta à comunidade”, adiantou, sublinhando que “a vertente artística é fundamental para a formação e educação das nossas crianças e jovens”.
Por sua vez, Paulo Pereira, presidente da Câmara de Baião, entidade parceira neste projeto e que vai assumir parte dos encargos neste primeiro ano, uma vez que, no ano de lançamento não existe apoio estatal, elogiou todos os contributos e empenho, deixando um particular sublinhado à “resiliência” da Casa do Povo de Campelo e particularmente da sua presidente.
O autarca, apelando à valorização das relações humanas, do diálogo presencial, disse estar seguro de que “todas as entidades representadas, com a sua presença na cerimónia, significam o seu empenho e dedicação para o sucesso do projeto”, frisou, referindo ainda que as duas filarmónicas do concelho, a Banda Marcial de Ancede e a Banda da Casa do Povo de Santa Marinha do Zêzere, “terão um papel muito importante naquilo que será o sucesso deste Conservatório”.
O edil baionense dirigiu-se aos alunos “que nos vão certamente orgulhar a todos, aproveitando o trabalho que tem sido feito pelas duas bandas e, também, pela Escola de Música”, garantiu.
A concluir o edil baionense deixou uma palavra de “satisfação pelo concretizar do projeto”, sublinhando “o mérito daqueles que contribuíram, onde se destaca a Casa do Povo de Campelo”, disse.
Na cerimónia intervieram ainda, o presidente da confederação das casas do povo, José Santos Novais; um representante da direção pedagógica do conservatório, o baionense Rafael Macedo; e, em representação da DGEstE, Natália Costa.
No final da cerimónia, realizou-se uma visita às instalações onde vai funcionar o Conservatório, e celebrou-se o aniversário da Casa do Povo de Campelo, num momento abrilhantado por temas musicais interpretados por alunos da Escola de Música.
Estiveram presentes na inauguração, o presidente da Assembleia Municipal de Baião, Armando Fonseca; o vice-presidente da Câmara, Filipe Fonseca; vereadores; ex-vereadores; o presidente da União de Freguesias de Campelo e Ovil, David Monteiro; outros autarcas; ex-autarcas; professores; alunos; dirigentes associativos, entre outros que se quiseram associar ao momento que marca a história do concelho.
O Conservatório de Música de Baião iniciará as atividades em setembro, com ensino artístico especializado até ao 8.º grau, dando acesso ao ensino superior. As inscrições estão abertas na Escola de Música da Casa do Povo de Campelo.
