Investimento de 50 milhões de euros, financiado pelo PRR, contempla tratores, máquinas de rasto e viaturas especializadas para mais de 300 entidades.
O Primeiro-Ministro, Luís Montenegro, apresentou em Baião, uma iniciativa nacional destinada a reforçar a prevenção de incêndios rurais e a gestão florestal.
Esta ação, coordenada pelo Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), está ancorada num investimento global de cerca de 50 milhões de euros e integrada na visão do Plano Floresta 2050.
É orientada para a prevenção, ordenamento e rentabilização sustentável da floresta e inclui equipamentos destinados a operações de gestão de combustíveis e redução do risco de incêndio.
Nesta fase, o plano prevê a entrega de 57 tratores, 18 máquinas de rasto e 125 viaturas multidisciplinares, destinadas a ações de fogo controlado, fitossanidade e apoio à gestão florestal.
No conjunto, mais de 300 entidades serão beneficiadas, entre elas 18 Comunidades Intermunicipais, 226 municípios e 59 Organizações de Produtores Florestais.
Para além do Primeiro-Ministro, a cerimónia contou com a presença da Presidente da Câmara Municipal de Baião, Ana Raquel Azevedo, da Ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, do Ministro da Agricultura e Mar, José Manuel Fernandes, do Secretário de Estado das Florestas, Rui Ladeira, de diversos autarcas e de elementos ligados às Comunidades Intermunicipais de todo o país.











COOPERAÇÃO ENTRE ADMNISTRAÇÃO LOCAL E CENTRAL É FUNDAMENTAL
A Presidente da Câmara Municipal de Baião, Ana Raquel Azevedo, destacou a importância desta medida, afirmando que “se reveste de grande importância para a capacitação dos territórios” e representa “uma verdadeira aposta do Governo na prevenção”, lembrando ainda a perigosidade associada à acumulação dos chamados “combustíveis florestais” em regiões como Baião.
A autarca, sublinhou também que “o Estado tem a responsabilidade de desenvolver políticas e dotar o poder local de equipamentos que permitam garantir a base da pirâmide, ou seja, a segurança”, considerando que “este Governo dá hoje um sinal que está atento e diligente na cooperação com os territórios, com as Câmaras Municipais, as Comunidades Intermunicipais e com todas as entidades que atuam na área da gestão florestal”.
Ana Raquel Azevedo demonstrou disponibilidade para trabalhar com o Governo no reforço de valências e de competências destas estruturas, “para que possamos desenvolver um trabalho cada vez mais profícuo para toda a região” e defendeu que “é fundamental que esta cooperação seja acompanhada por políticas eficazes de desenvolvimento territorial, para que haja cada vez mais condições para que as empresas e as famílias se consigam fixar no nosso território, neste interior que ‘faz das tripas coração’ para manter cá os seus.”
Por seu lado, o Primeiro-Ministro, realçou o carácter “simbólico e impactante desta iniciativa”, sublinhando que “em dezembro, o país já se prepara para a próxima época de incêndios com enfoque na prevenção e no ordenamento do território, sem olhar para trás, mas a preparar o futuro”.
O governante referiu ainda que “estes equipamentos essenciais tendem a ser lembrados apenas durante as crises, embora sejam decisivos antes, durante e após os incêndios”, e destacou “a necessidade de rentabilizar a floresta, com o ambiente e a agricultura de mãos dadas”.
Como pilares da sua ação, apontou dois objetivos centrais: “evitar ocorrências e, quando não seja possível evitá-las, reduzir a sua duração e dimensão”, e enquadrou este investimento numa “visão transversal e preventiva para a floresta”, inscrita no Plano de Intervenção para a Floresta 2025-2050.
O Primeiro-Ministro terminou a sua intervenção realçando “a parceria entre administração central, municípios e comunidades intermunicipais, com coresponsabilização e cogestão como aspeto fundamental, de modo a dar uma resposta mais rápida às pessoas e às economias locais”.





















Após a cerimónia, as entidades presentes deslocaram-se à Feira do Tijelinho, onde estavam expostos alguns dos equipamentos apresentados. A visita possibilitou uma observação mais detalhada que foi acompanhada por uma explicação técnica que permitiu perceber as suas funcionalidades no teatro de operações.
A entrega agora assinalada reforça a capacidade de intervenção local e contribui para uma gestão sustentável dos recursos florestais. No plano nacional, integra‑se na estratégia “Floresta 2050. Futuro + Verde”, orientada para a redução do risco, a preparação do território e a proteção dos recursos naturais, num compromisso articulado entre Governo, ICNF e autarquias.
