A empreitada tem prazo de execução de 3 anos.
Foi consignada ontem, dia 16 de setembro, na Estação da Régua, numa cerimónia presidida pelo Ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, a empreitada de eletrificação do troço entre o Marco de Canaveses e a Régua, na Linha do Douro, no valor de 110 milhões de euros. Da totalidade do troço, cerca de metade, 21 quilómetros, pertence ao concelho de Baião.
Trata-se de uma obra estruturante para a região, que irá melhorar a mobilidade, o conforto e a segurança das populações, reforçando a atratividade e impulsionando o desenvolvimento económico do território.
DESAFIOS RELEVANTES E OPORTUNIDADES DECISIVAS
No caso de Baião, apontam-se avanços importantes, nomeadamente ao nível do turismo, tendo em conta estudos encomendados pela Infraestruturas de Portugal (IP), que apontam para um potencial crescimento, superior a 100%, do número de passageiros até 2051. Dados que sublinham desafios relevantes e oportunidades decisivas.
Quanto às implicações que decorrerão da realização das obras, segundo a IP, haverá interrupções de sete horas durante a noite para a execução dos trabalhos, estando ainda previsto o encerramento da circulação ferroviária entre novembro e março, devido à complexidade das intervenções nos túneis.
Relativamente ao serviço de transbordo rodoviário, a IP adiantou que serão definidos pontos de paragem em articulação com a CP e as autarquias, assegurando que toda a informação será oportunamente comunicada ao público.
VALOR GLOBAL DAS INTERVENÇÕES ASCENDE A 165 MILHÕES DE EUROS
No total, as intervenções previstas elevam o investimento para cerca de 165 milhões de euros, incluindo sinalização eletrónica, controlo automático de velocidade, nova subestação elétrica em Bagaúste, sistemas de telecomunicações ferroviárias, informação ao público e videovigilância.
De acordo com a Infraestruturas de Portugal, destacam-se os seguintes trabalhos:
- Eletrificação integraldo troço no sistema 25 kV/50 Hz e reabilitação da via e plataforma ferroviária;
- Supressão e automatização de passagens de nível, com construção de atravessamentos desnivelados;
- Modernização das estações e apeadeiros, incluindo plataformas adaptadas à mobilidade reduzida, renovação de edifícios, sistemas de informação ao público e videovigilância;
- Beneficiação da Estação da Régua, com reformulação das salas de espera, bilheteiras, cafetaria e sanitários;
- Instalação de sinalização eletrónica avançada, telecomunicações GSM-R e controlo automático de velocidade;
- Reforço estrutural de 40 taludes e reabilitação de túneis, incluindo o Túnel do Juncal (1.600 m), o segundo mais extenso da Rede Ferroviária Nacional, cuja intervenção exige elevada complexidade técnica.
Este projeto insere-se no Plano de Modernização integral da Linha do Douro entre Caíde e Barca de Alva, que, segundo a IP, representa um investimento global de 460 milhões de euros.
Na cerimónia de consignação, na Estação da Régua, além do Ministro das Infraestruturas e da Habitação, estiveram presentes, o Vice-presidente da Câmara Municipal de Baião, Filipe Fonseca, outros autarcas em representação dos municípios servidos pelo troço da ferrovia, assim como dirigentes da Infraestruturas de Portugal, representantes de entidades locais e regionais, responsáveis do consórcio que venceu o concurso público, entre outras personalidades.








